Muitas pessoas ficam imaginando como será nosso futuro, como serão as casas, os objetos, aparelhos, enfim, tudo que nos rodeia. Acredito que imaginar não é difícil, porém, transformar tudo em realidade levará alguns anos. 
Vivemos em mundo com muita diferença intelectual e financeira. Não precisamos ir muito longe, pensando apenas no Brasil. Por mais que seja difícil acreditar, ainda morrem crianças por desnutrição! Sei que o assunto parece estar distorcido, que não tem haver com a tecnologia, porém acredito que tenha. Transformar uma sociedade inteira não depende de uma só pessoa, depende de muitos fatores. Sabemos que a alta tecnologia já chegou em muitos ambientes e casas, porém, sabemos também, que há muitas pessoas que nem conhecem a luz elétrica.

Mesmo assim, os cientistas não cansam de inventar novas tecnologias e integrá-las ao nosso cotidiano. Se perguntarmos aos nossos avós o que eles possuíam quando eram jovens de notável. A resposta deve ser unânime: o rádio. Para nós, atualmente o rádio não passa de um simples acessório, muitas vezes nem muito utilizado. Com o passar dos anos novas tecnologias foram surgindo, como a TV, a geladeira e o microondas. Quem é da geração mais antiga, ou ainda da minha, quando fala-se em futuro, deve vir a mente um conhecido desenho animado, “The Jetsons”, ele simbolizava o futuro como ninguém. No desenho não haviam carros, apenas naves voadoras; o serviço braçal era todo realizado por robôs; enfim, um sonho de futuro para qualquer criança. Creio que muitos ficaram com essa ideia de futuro na mente. 
Determinar como será nosso futuro em relação a programação e arquitetura não é tarefa fácil. Como citei anteriormente o futuro pode chegar cedo para alguns, porém, até atingir toda a população será a longo prazo. No entanto, muitas tendências podemos adiantar aos interessados em tecnologia:

Cozinha: A grande tendência para este espaço é a integração. Esta integração consiste tanto com objetos eletrônicos como os eletrodomésticos e, todos conectados a internet. Nesta cozinha será possível apenas solicitar algo que ela responderá. Haverá telas de em touchscreen em vários aparelhos, assim, poderá passar receitas, valor calórico do prato, lembrar você dos compromissos, e muito mais, poderá realizar as compras do supermercado direto da sua cozinha. É o sonho de qualquer dona de casa!

Banheiro: Espelho, espelho meu quem é mais bonita do que eu? Está pergunta está muito retrógrada. Os espelhos do futuro não responderão mais essas perguntas, aliás, só responderam para a madrasta da Branca de Neve. O espelho do futuro será capaz de não só refletir sua imagem como também informar como está o dia, o clima, a previsão do tempo e ainda, informações sobre a sua saúde. Também será possível atualizar-se logo cedo, no espelho do seu banheiro, recebendo notícias de um jornal escolhido.

Quarto: No quarto esqueça os tradicionais papéis de parede, eles serão substituídos por grandes painéis luminosos que podem ser alterados conforme a sua vontade.

Sala de estar: Você poderá controlar tudo através da sua sala. Painéis com touchscreen controlarão lâmpadas, TVs, janelas, computadores; será capaz até de programar para passar um café no horário que desejar. O controle da casa está na sala. Poderá fechar as janelas do seu quarto ou do seu filho através dos comandos encontrados na sala.

As casas futuristas tem também como fator principal a utilização de materiais recicláveis e com reaproveitamento das sobras. Também será utilizado na obra o máximo de materiais que não agridam o ambiente pois, não adianta nada uma alta tecnologia se não houver um avanço no que diz respeito ao meio ambiente.

Quanto o design das casas,não deverão ir longe das tendências encontradas em qualquer desenho ou filme futurista. As casas terão formatos arredondados, paredes claras, com janelas grandes para captar o máximo de iluminação natural, os vidros serão feitos para que armazenem o calor do sol e assim, utilizar o aquecimento em toda a casa. Aos poucos, creio que as novas tendências entrarão em cena. A engenharia civil já está se aperfeiçoando para criar e utilizar novos materiais que não agridem o meio ambiente, usando mais materiais reciclados. Enfim, aos poucos uma nova era está surgindo. Vale lembrar: Colabore você também para o sucesso do futuro. Não desperdice água, use lâmpadas de baixo consumo, economize energia, enfim, faça a sua parte! 

Fonte: oficinadanet.com.br
 
 Imagem
O sonho de todas as pessoas do mundo é ter uma casa ecológica, ou pelo menos fazer com que sua casa se torne menos poluente ao meio ambiente. Quando se sonha com a casa ideal, pensa-se num lugar belo e agradável, luminoso, quente no Inverno e fresca no Verão, com o ar puro, de fácil manutenção, respeitosa com o meio ambiente e que seja capaz de produzir a energia que consome. Assim como, a possibilidade de aproveitamento da água existente no terreno e como o armazenamento da água das chuvas. Em tempo de RIO + 20, só se ouve falar em medidas para diminuir a poluição no mundo. Neste artigo vamos mostrar um pouco das casas ecológicas, como são feitas, quanto é gasto em média nos materiais usados. 


Para começar, o que é uma casa ecológica?
Uma casa ecológica é uma casa saudável que respeita o ambiente e tira maior partido do que a natureza dá.  Por exemplo, uma casa com orientação a sul permite um maior aproveitamento da energia e luminosidade do sol. A escolha do isolamento térmico adequado é igualmente determinante, evitando perdas de calor no Inverno e ganhos de calor no Verão. Os materiais de construção são uma componente importante numa casa ecológica. Existem diversos materiais aconselhados, de baixo impacte ambiental na produção e ao longo da vida útil: cerâmica, isolamentos naturais (feitos de fibras vegetais, cânhamo e celulose), tintas biológicas, cal, vidro, ferro, cobre, plásticos ecológicos e pedra.

Como é feita uma casa ecológica?
As casas ecológicas têm de ter em conta a orientação da construção, do terreno e da natureza que o rodeia, e devem ser criadas para serem auto-suficientes. As construções  ecológicas estão na moda nos países mais avançados e ajudam a preservar o meio ambiente. Por exemplo: Uma bela construção em madeira deve utilizar madeiras como certificado de origem correto, podendo ser construída sobre uma base de rochas da região (granitos, calcários, xistos, etc.). Para manter a casa a uma temperatura equilibrada e para o aquecimento de água, podem-se utilizar as energias oriundas da biomassa, geotérmica e/ou painéis solares. A energia elétrica pode ser reduzida através de painéis fotovoltaicos, aerogeradores e turbinas (se existir no local uma corrente de água).

Bioconstrução: A bioconstrução encarrega-se de encontrar a harmonia entre a tecnologia, a estética e a funcionalidade, que se integra, por sua vez, no meio ambiente natural ou urbano. O objetivo é satisfazer as necessidades humanas em condições saudáveis, guiando-se por um critério estrito de sustentabilidade e respeito com o meio ambiente.  Na hora de promover a construção de uma edificação sustentável, deve-se ter em conta o local, realização uma avaliação meio ambiental e procurando o aproveitamento das energias passivas. A estética deve ser integrada na paisagem ou na arquitetura local. Os sistemas de construção devem estar de acordo com o lugar e os materiais devem ser saudáveis. Deve-se conseguir um conforto térmico e acústico, com um ótimo consumo energético, em que a geração de resíduos seja mínima e que nesta estejam previstos métodos de reciclagem. É necessário cuidar da qualidade do ar e deve-se compensar a estética interior com a funcionalidade, tendo em conta a cor, a luz, os espaços e as dimensões.

Em conclusão, a bioconstrução deve contemplar o aproveitamento do meio natural sem causar prejuízo algum sobre a sustentabilidade, devendo aplicar o desenvolvimento tecnológico para a concretização de uma maior poupança energética e a diminuição dos resíduos, sem esquecer o aspecto estético, um dos vários fatores que determinam a habitação.

Iluminação Zenital: As lajes da casa ecológica são produzidas com um dispositivo inédito de iluminação Zenital. Por ser acoplado às luminárias dispostas no teto da residência, este processo, reflete os raios solares sobre a superfície de globos leitosos, propiciando uma  iluminação natural durante o dia, economizando energia despendida com lâmpadas convencionais.

Energia limpa: Há duas formas mais fáceis de conseguir energia limpa, uma delas é a energia eólica, energia que provém do vento. A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. A energia eólica transforma a rotação das ventoinhas em energia mecânica. A força da rotação é enviada para um gerador que transforma por sua vez energia mecânica em energia elétrica.

Outra forma são os painéis solares: Basicamente, dispositivos utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica. O dispositivo também é conhecido como “Painel Solar Fotovoltaico”. A composição de um painel solar consiste em células fotovoltaicas, estas com a propriedade de ter sensibilidade de absorver a energia solar e gerar a eletricidade em duas camadas opostas.

Estas são duas formas de usar energia de forma sustentável, ou seja, a casa ser capaz de produzir sua própria energia.

Ecologia: A construção de casas de madeira é sem dúvida um dos sistemas de construção mais respeitosos para o meio ambiente. A madeira é um dos materiais de construção mais nobres, é natural e renovável, e o seu processo de transformação é simples, usando pouca energia em comparação com os materiais de construção tradicionais.

Há muitas formas ainda de usar materiais e ideias que possam ajudar na redução de dejetos e evitar desperdícios.

Um pouco dos materiais para construção da casa:
Energia solar para aquecer a água: com essa "mini-usina" caseira gasta-se 30% menos energia elétrica.  Custa em torno de 7000 reais a mais em construções novas. Com a economia na conta de luz, o investimento se paga em dois anos. Uma ressalva: o sistema não dá conta das baixas temperaturas, quando é necessário recorrer ao aquecimento elétrico.

Sistema de captação da água da chuva: numa região chuvosa, a metade da água necessária para uma família pode vir deste sistema.  Custa em torno de 5000 reais (para uma casa de 100 metros quadrados). Compensa investir no sistema. Além de ajudar a economizar na conta, é garantia de abastecimento de água para o futuro, quando esse pode se tornar um item mais escasso - e caro.

Lâmpadas fluorescentes: Sempre utilizar este tipo de iluminação. Apesar de custarem mais, duram muito mais tempo e consomem até 90% menos de energia (com mesma iluminação).

Estamos convencidos de que a casa ecológica deve ser mais barata - apesar de ser considerada muitas vezes como artigo de moda e isso tornar seu preço mais caro.  Além disso, existem os custos não compatibilizados - que decorrem do processo de extração, uso e manutenção dos materiais utilizados - que favorecem o uso de biomateriais em relação aos materiais de origem petroquímica.  Existem também diferenças quanto a expectativa de duração da casa.  Na Europa as casas são pensadas para gerações futuras (maior duração). Nos EUA, a maior parte das casas são de madeira (menor duração). Não sabemos qual a concepção predominante no Brasil...

Casa ecológica faz família gerar pouco lixo
Os Lindell, uma típica família da classe média da Suécia, aceitou o desafio de reduzir as emissões individuais de cada um dos seus quatro integrantes de 6 ou 7 toneladas/ano para apenas uma. Para isso, se mudaram por seis meses para uma casa ecológica nos arredores de Estocolmo. A construção tem paredes triplas, superisolamento térmico e células fotovoltaicas que - mesmo no alto do hemisfério norte - devem fornecer toda a energia necessária. Deve sobrar eletricidade até para alimentar um carro. Mas a família vai ter que fazer sacrifícios.

"O projeto se chama Vida de Uma Tonelada (One Tonne Life) e é um desafio para a família viver da forma mais climaticamente correta, reduzindo a pegada de carbono anual para o equivalente a uma tonelada de carbono por pessoa", afirmou o pai, Niels Lindell. A comida consumida, as roupas e até os móveis que forem comprados entram no cálculo de carbono utilizado.

Americano constrói casas ecológicas feitas de lixoO construtor de casas americano Dan Philips transforma lixo em moradias, criando mosaicos sinuosos no piso com restos de madeira, balcões de cozinha feitos de ossos de marfim coloridos e telhados feitos de placas de carro. Elas são feitas quase que totalmente com materiais que geralmente acabariam em um depósito de lixo. Ele explica que “as pessoas vêm fazendo isso há centenas de milhares de anos: usando o que estiver disponível para construir um abrigo”.

- Se você pensar em tudo que pode ser usado, então pode usar qualquer coisa numa construção.

Philips fundou sua empresa, a Phoenix Commotion, há 12 anos, com o objetivo de criar um novo modelo de habitação sustentável e acessível. Até agora, a empresa já construiu 13 casas. A Phoenix Commotion opera como se fosse uma organização sem fins lucrativos, com o objetivo de resolver problemas sociais. Por US$ 10 mil, ela constrói casas acessíveis para pais solteiros, famílias de baixa renda e artistas.  Cada casa possui uma alta eficiência energética, aquecedor solar de água quente e um sistema de captação que recicla água da chuva para dar descarga e para lavar roupas.  Philips contrata pedreiros sem experiência, ensina-lhes tarefas exigidas pelo mercado e os ajuda a conseguir trabalho. A companhia tem desviado centenas de toneladas de sobras de construção de aterros, reciclando os materiais em estruturas habitáveis. Tanto material de construção chega à Phoenix Commotion que o armazenamento é um problema constante.

Alguns exemplos de casas ecológicas:
SML SERIES: Esta habitação é composta por dois módulos ligados entre eles por uma ponte. De um lado temos a cozinha, sala de estar, lavandaria e casa de banho de serviço. Do lado oposto temos dois quartos e uma casa de banho completa. Simplesmente deslumbrante!
ORIGIN: Com múltiplos propósitos este modelo da Blu Homes são extremamente versáteis.Possui iluminação eficiente, ventilação, torneiras com redução de caudal, iluminação LED entre outras características ecológicas.
Fonte: oficinadanet.com.br
 
          O Forum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia, do Insituto Cidade, ficará à frente das ações da Semana de Mobilidade Urbana, de 17 a 22 de setembro próximo, segundo proposta apresentada na reunião realizada ontem pelo Forum na Ademi. A mobilização deve girar em torno de cronograma apresentado durante a reunião pelo MDT-Go. São várias as ações, que incluem marcha ao longo do Corredor Universitário de Transporte, e, na logística do Dia Mundial Sem Carro, ônibus correndo de graça e bicicletários mobilizados. Nova reunião vai ser realizada na primeira quinzena de agosto, para a formatação final da programação a ser cumprida na Semana da Mobilidade. 

Fonte: Ademi news  
 
          Em sessão realizada na manhã de hoje, a Câmara Municipal de Goiânia, apreciando veto do prefeito Paulo Garcia ao projeto (do próprio Executivo) que reduz a alíquota do ISTI, de 3,5% para 2%, votou pela derrubada do veto. Desta forma, consuma-se a redução e, por um ano, o imposto no Município fica nos 2%. O veto fora justificado pela incidência do ano eleitoral e pela suspeita de que a concessão do benefício poderia colidir com os ditames da lei. Mas, realizadas consultas nas duas esferas do Poder Judiciário Eleitoral (desembargadores e procuradores de Justiça),  concluiu-se que não se configura essa colisão, já que o benefício não é localizado, mas se volta para o desfrute de toda a sociedade. Despertado para a importância da medida, o Prefeito, na verdade, tem um compromisso com o caráter definitivo dessa redução. Colocada experimentalmente no fim do ano passado, a redução do ISTI não levou à baixa da arrecadação no Município, o que reforça a disposição para que a queda dessa carga venha a ser mesmo definitiva. 

Fonte: Ademi news
 
         Esta é a manchete da edição de ontem do jornal O Globo. O texto da chamada na 1ª página diz assim: “O prefeito Eduardo Paes publica amanhã decreto que cria selos de construções sustentáveis, que poderão ser usados pelos proprietários para pagar menos impostos. Com esses selos, prédios que adotarem métodos construtivos menos agressivos ao meio ambiente, e tecnologias de economia e eficiência no uso de água e energia, terão descontos de até 50% ou mesmo isenção de IPTU e ITBI, além de redução de ISS, durante as obras e após o habite-se. O pacote de incentivos precisa ainda ser aprovado pela Câmara de Vereadores. A nova legislação prevê também que edifícios sustentáveis sejam beneficiados com mudanças urbanísticas, como coberturas e playgrounds maiores. Com investimentos privados de R$ 500 milhões em 35 projetos e incentivos fiscais do governo estadual, o Rio quer se tornar a capital da energia limpa. Até o Maracanã terá energia solar, que vai ser usada também em bibliotecas.”
 
          Está em vigor a grande novidade do ano no campo do crédito habitacional. A partir desta segunda-feira, 11 de junho, a Caixa Econômica Federal financia imóvel em até 35 anos, o maior prazo já praticado no País,  e a juros com novos cortes. As mudanças valem para os clientes com renda familiar superior a R$ 5,4 mil mensais e que financiem imóveis construídos com recursos da Caderneta de Poupança, de qualquer valor. Clientes com renda de até R$ 5,4 mil e que financiem imóveis de até R$ 170 mil podem optar pela operação dentro das regras do FGTS, que possui taxas de juros mais atrativas - hoje elas são de, em média, 5,3% ao ano. As medidas só valem para os novos financiamentos. Para os imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a taxa cai de 9% para 8,85% para todos os clientes. Dependendo do grau de relacionamento com a Caixa, a taxa pode chegar a 7,8%. Fora do SFH, a taxa de juros, que é de 10% ao ano, cai para 9,9% para todos os clientes. Dependendo do relacionamento que a pessoa tenha com o banco, ela pode chegar a 8,9% ao ano. Em todos os casos, não está incluída a Taxa Referencial (TR). 
          De acordo com o vice-presidente de Governo e Habitação da instituição, José Urbano Duarte, a Caixa estuda estender as mudanças também para financiamentos de imóveis construídos com recursos do FGTS. Isso, porém, depende de autorização do Conselho Curador do Fundo. A Caixa também anunciou redução da taxa de juros para financiamento destinado a construtoras, para produção de habitações, com recursos da poupança. E a ampliação do prazo de financiamento, de 24 para 36 meses. A taxa de juros dentro do programa Plano Empresa da Construção Civil, que hoje é de 11,5% ao ano, cai para 10,3% a partir desta segunda-feira para todos os clientes. Se a empresa tiver relacionamento com a Caixa, essa taxa pode chegar a 9%.

(Fonte: G1)
 
 Imagem
A partir de hoje nós começaremos uma nova série de posts voltados ao mercado imobiliário. Será um texto por semana e dissertará sobre diversos assuntos e neste mês de maio falaremos sobre “Investimento Imobiliário”. Todos os dados que serão divulgados, assim como informações são de autoria do diretor da Linklar Filipe Ruga.

Como investir no mercado imobiliário?

Existem diversas modalidades existentes para entrar neste setor, as duas principais são a compra de imóvel na planta e revenda; e compra de imóvel usado – reforma- revenda. Neste primeiro momento vamos apenas falar de lançamento e revenda.

Antes de investir em um imóvel é necessário que a pessoa prepare-se antes. Deve-se ter a consciência que nem sempre é possível revender o imóvel durante a obra. É necessário que o comprador de um imóvel de lançamento conheça as suas próprias finanças, afinal caso não consiga vender de imediato o empreendimento, o valor das parcelas do financiamento não deve ultrapassar 30% da renda mensal do investidor. Há casos de que quando isso não é bem estruturado muitos acabam vendendo o imóvel por um preço abaixo do mercado e acabam tendo prejuízos.

As incorporadoras em geral têm parcerias com bancos para aprovar o crédito futuro (após a entrega das chaves), e quem financia um imóvel tem que saber que os pagamentos são feitos a partir de duas modalidades:

- Poupança: o que se paga até a entrega do imóvel e é corrigida pelo INCC (sem acréscimo de juros);
- Saldo: valores que deverão ser pagos na entrega do imóvel, ou com recursos próprios ou com financiamento bancário (neste último com juros e correção, normalmente a TR).

Por exemplo: Eleonor* comprou um apartamento na planta no valor de R$ 200 mil, que iria entregar em 24 meses. A poupança estipulada pela construtora foi de 20% (R$ 40 mil). Eleonor pensou que conseguiria vender o apartamento durante a obra por R$ 250 mil, contudo não foi o que aconteceu. Quando percebeu que o financiamento se aproximava e que ela não teria recursos necessários para pagá-lo, decidiu vender o imóvel por R$ 190 mil, e acabou tendo perdendo R$ 10 mil. Tudo isso por falta planejamento antes do investimento.

Investir em imóveis leva tempo e consigo dinheiro, logo é importante que o futuro investidor saiba que a calma e o planejamento financeiro neste tipo de negócio são a chave do sucesso.

Ao comprar um imóvel na planta procurar saber qual é a idoneidade da empresa é a segurança de um negócio certo. Verifique todos os documentos da construtora, como a autorização para realizar a obra. Alguns documentos estão em mãos das empresas, outros na prefeitura do município.

Antes de fechar o negócio é necessário que o futuro investidor conheça a região onde o imóvel está sendo construído. Assim o investidor deve avaliar o que existe próximo ao empreendimento, como comércio, habitações, ponto de ônibus e etc, pois tudo isso influência na hora da revenda. Também é necessário saber o valor do Preço médio do m² da região (um cálculo com base nos valores/ área privativa = m² ). Procurar um corretor com experiência e conhecimento da região é o mais recomendável.

Existem dois tipos de empreendimentos vendidos na planta: os condomínio verticais (apartamentos) e horizontais (casas ou lotes). Em ambos os tipos precisa-se saber quantas fases de entrega haverá. Uma das fases mais importantes é o pré-lançamento, pois está é a fase de teste do empreendimento, já que é neste período que se saberá se ele dará certo ou não. Após essa fase os imóveis costumam a ficar mais valorizados. Por exemplo, em três torres a primeira terá um valor, a segunda outro, e a terceira e última será a mais cara. Isso reflete uma das leis básicas da economia, oferta e demanda. Quanto menos a oferta e maio a demanda, o preço tende a subir. O gráfico abaixo representa a valorização que o empreendimento sofre de acordo com as fases da entrega.

Gráfico de Valorização de empreendimentos: FASES

Para concluir investir no mercado imobiliário não é difícil, mas exige cautela e tempo. Boa sorte, futuros investidores.

Clique e veja toda a documentação de um empreendimento na planta.

*Personagem fictício, mas baseado em casos reais.

Fonte: http://linklar.com.br
 
A partir deste domingo (20) entra em vigor uma nova lei assinada em abril deste ano pela presidente Dilma Rousseff na Lei Federal 12.607/12, que proíbe a venda ou o aluguel de vagas de garagem a não moradores. A lei, proposta pelo senador Marcello Crivella (PRB), vale para todos os condomínios do país.

A nova Lei Federal altera o Código Civil, que permitia a comercialização das vagas se a convenção não determinasse o contrário. Agora, as garagens só poderão ser alugadas ou alienadas se houver autorização expressa dos condôminos. E, para isso, é necessário ter o aval de dois terços dos moradores em assembleia.

Os prédios comerciais com garagens independentes dos condôminos não serão afetados pela lei, assim como os edifícios-garagem. Apenas prédios comerciais onde o contrato da sala, andar, loja, entre outros, incluir a vaga é que a nova lei poderá ser aplicada.

O QUE DIZ A NOVA LEI "Art. 1.331 - § 1º As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio"

Lei nº 12.607, de 4 de abril de 2012 O objetivo principal da nova lei é oferecer mais segurança aos prédios residenciais e comerciais, reduzindo a circulação de estranhos. Por outro lado, quem tem nisso uma fonte de renda adicional, vê a nova lei como um entrave ao direito de propriedade.

Até hoje, o Código Civil pedia apenas que o condômino tratasse a questão com segurança, mas isso nem sempre podia ser garantido. O que costuma acontecer é cada prédio estabelecer regras próprias para a questão, discutindo o tema nas assembleias.

Adriana Nascimento, 37, já está se preparando para colocar o tema em pauta na próxima reunião de condomínio. Moradora de um prédio na rua Bela Cintra, em São Paulo, ela conta que abriga o carro de um vendedor que trabalha na avenida Paulista e encontrou na garagem dela uma solução para os preços altos dos estacionamentos tradicionais.

“Um amigo em comum nos apresentou. Como não tenho carro, não vi problema. E o fato de ser conhecido de um amigo, também me deixou mais tranquila”, diz ela, que aluga a vaga a um preço de R$ 250 por mês. Com o esquema já funcionando há dois anos, ela diz nunca ter tido problema ou reclamação do locatário por parte de outro condômino.

“A lei até pode falar em segurança, mas acho que a maioria das pessoas deve sim tentar assegurar quem é aquela pessoa, ter boas referências, mas proibir talvez não seja a melhor solução. Esse dinheiro adicional ajuda muito no orçamento”, completa ela.

Estacionamentos caros O negócio é bom não apenas para quem cede a vaga, mas também para quem a aluga, especialmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília ou Curitiba. Essas são as cidades onde estacionar o carro custa mais caro no Brasil, segundo o ranking divulgado em janeiro deste ano pela Abrapark (Associação Brasileira de Estacionamentos).

No Rio de Janeiro, a mensalidade do estacionamento pode chegar a R$ 660, seguida de Brasília (R$ 500). São Paulo fica na terceira posição, cobrando em média R$ 450, seguido por Florianópolis, que cobra R$ 315.

Para Marcelo Borges, diretor jurídico da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis), com sede no Rio, a nova lei vem atender a uma demanda antiga: regularizar uma questão que nem todos os condomínios, especialmente os com muitos apartamentos, conseguem resolver.

“Não temos estatísticas de quantas vagas de garagem de condomínios residenciais e comerciais são alugadas ou vendidas a terceiros no Brasil, mas é uma realidade. Antes dessa lei, se não houvesse moradores interessados na vaga, a locação era aberta a terceiros. Mas nem todos os prédios conseguiram se organizar na questão”, diz Borges.

COMO FICAM OS CONTRATOS DE GARAGEM COM AS ALTERAÇÕES A vaga de garagem é considerada como parte da unidade privada do condômino e, por isso, deve ser utilizada exclusivamente por seu proprietário Alugar uma vaga de estacionamento sem a autorização da convenção de condomínio não assegura a validade do contrato de locação A mudança imposta pela nova lei vale para condomínios residenciais e também para prédios comerciais, devendo ser obedecida por proprietários de apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas Edifícios-garagens não serão afetados pela lei Só será possível a venda e locação das garagens para pessoas não residentes nos prédios em dois casos: quando a escritura original do apartamento for separada da unidade da garagem ou quando 2/3 dos condôminos, em convenção, permitirem o negócio Segundo ele, no Rio de Janeiro já ocorreram muitos casos envolvendo denúncias com locatários. Um dos mais recentes aconteceu em Ipanema, quando houve um furto na garagem de um prédio e as câmeras mostraram que o culpado era um locatário que não morava no prédio.

Embora na visão de Borges a lei seja clara no que diz respeito à proibição de aluguel ou venda, um ponto ainda gera dúvidas: se a lei será aplicada apenas aos contratos feitos a partir de agora ou se terá efeito retroativo. Em um evento realizado na sede da Abadi, no último dia 10, para discutir a nova lei, esse foi o ponto mais polêmico.

“A grande questão hoje sobre esse assunto é saber se essa é uma lei de ordem pública. Tivemos entendimentos diversos durante o debate. E como nesse ponto a lei não é totalmente clara, vamos depender da jurisprudência”, diz Borges.

Com isso, os condomínios ou moradores que não concordarem com o aluguel ou venda da vaga a terceiros podem questionar os contratos e pedir a votação do caso em assembleia. Caso o dono da vaga não obtiver os 2/3 de votos, o contrato pode ser cancelado. “Nesse caso, se quiser, a pessoa [a que alugou ou vendeu] pode reclamar seu direito na justiça por ter fechado o negócio antes da lei, o que pode gerar uma avalanche de ações judiciais”. 

Sendo assim, a dica é tentar resolver a questão no próprio condomínio com os demais moradores. "Do contrário, a pessoa vai depender do entendimento de cada juiz sobre o tema", completa Borges.

Rodovalho
(62) 8545-1980

[email protected]
 

População de Peso e Relevância 

Divisão dos domicílios por classe social 

De 2000 a 2010 foi constatada uma taxa de 1,84% de crescimento da população, número maior que a média nacional que foi de 1,17% e maior que a média registrada em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Um dos principais fatores que explica  essa taxa de crescimento é o crescente número de imigrantes que Goiás vem recebendo, principalmente nas últimas décadas. Os principais polos de imigração são Distrito Federal, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e Maranhão.

Goiás representa 3,15% da população do país. Está na 12º colocação no ranking nacional.

É o Estado  mais populoso do Centro-Oeste. Concentra 42,7% dos habitantes da região.

Goiânia é o município com  a maior população do Estado. Em seguida aparecem Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e Luziânia. Os cinco municípios acolhem 41% dos goianos.
Goiás é um dos principais polos migratórios do Brasil. 29% da população residente são não naturais do Estado. 

Fonte: http://www.ojc.com.br/caminhos2012
 
Por
Sônia Almeida

A Grande Goiânia vai receber, ainda este ano, seis grandes empreendimentos imobiliários, a maioria voltada para a classe média com preços a partir de R$ 150 mil, que vão movimentar a economia com mais de R$ 3 bilhões. Essa é a notícia boa. Por outro lado, os projetos podem gerar impactos na cidade, em função do adensamento populacional em poucas áreas (veja reportagem ao lado). Serão mais de 20 mil novas unidades habitacionais, entre apartamentos e casas, que abrigarão cerca de 80 mil moradores.

Os empreendimentos vão ocupar os vazios urbanos do Parque Oeste Industrial, Goiânia 2, antiga Fazenda Gameleira, Goiânia Golf Clube, Jardim Cerrado e também bairro Monserrat, em Aparecida de Goiânia. A previsão dos analistas de mercado é que a economia brasileira cresça em torno de 3% este ano. Porém, a expectativa dos empresários do mercado imobiliário é que o setor tenha aumento de 10% no número de empreendimentos e de vendas, assegurado pelo crédito imobiliário, sobretudo do programa Minha Casa, Minha Vida.

Nova cidade

Uma nova cidade, embora dentro de Goiânia, será erguida no Parque Oeste Industrial, na saída para Rio Verde. Numa área de 200 mil metros quadrados serão construídas 6 mil unidades verticais distribuídas em 50 torres com 17 pavimentos cada. O Eldorado Parque será quase duas vezes maior que o Residencial Eldorado.

O Eldorado Parque terá parque público, áreas comerciais, vias de acesso e infraestrutura, garante o empresário Marcelo Moreira, diretor comercial da CMO Construtora, um dos empreendedores ao lado da Dinâmica Engenharia, Engel Construtora e Tropical Empreendimentos.

Os empreendedores vão investir R$ 1 bilhão no projeto, que será lançado em abril próximo. As primeiras unidades habitacionais serão entregues em 24 meses e terão 2 e 3 dormitórios, alguns com suítes. O preço será de, no máximo, R$ 150 mil a unidade, que garante o financiamento através do programa Minha Casa, Minha Vida, com pagamento em até 360 meses e prestações abaixo de R$ 300,00, a preços de hoje.

A estimativa de Marcelo Moreira é que 24 mil pessoas residirão no Eldorado Parque. Ele conta que foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa com os moradores da região Oeste de Goiânia. 92% dos entrevistados manifestaram interesse em adquirir um imóvel na própria região. A pesquisa constatou, também, que ninguém da região se lembra do fato ocorrido na área, em fevereiro de 2005, quando os invasores foram retirados, por decisão judicial.

Aparecida de Goiânia também vai contar com um bairro planejado, dentro do conceito de condomínio fechado, o Parque do Cerrado, no bairro Monserrat, com infraestrutura, inclusive um parque público, que pretende mudar o perfil da região. Serão 4 mil apartamentos de 2 e 3 quartos, distribuídos em 54 torres com uma média de 10 pavimentos cada.

Por trás desse empreendimento, que vai demandar investimentos de R$ 600 milhões, estão as construtoras GLP, EBM, Terral e Tropical Empreendimentos. “Nosso projeto vai ocupar os vazios urbanos e induzir o desenvolvimento da região”, disse o diretor da GLP, Guilherme Lopes Pinheiro.

O empreendimento, a ser lançado em junho, deverá ter as primeiras unidades entregues em 2014. Guilherme Pinheiro antecipa que todos os edifícios serão construídos ao redor de um parque e de fontes de água. Os apartamentos terão de 50 a 110 metros quadrados, com 2 e 3 quartos. Os preços vão variar entre R$ 120 mil a R$ 300 mil. O bairro terá, também, uma área comercial, com um minishopping, pista de caminhada, áreas para exercícios, palco para shows ao ar livre e mata nativa.

Maior

Numa área de 5 mil metros quadrados, na saída para Trindade, está sendo construído o bairro planejado Jardins do Cerrado, com 10 mil unidades habitacionais, entre casas, sobrados e apartamentos. A estimativa é que, até 2016, 40 mil pessoas vão morar no condomínio, construído pela Brookfield Incorporações.

Segundo o superintendente da empresa para o segmento econômico, Paulo Henrique Simões, até o momento já foram entregues 2.340 unidades e as outras 7.600 estarão concluídas até 2016. “Esse é o maior empreendimento imobiliário do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida dentro do conceito de autossuficiência”, garante. A estimativa é que o projeto envolva recursos da ordem de R$ 600 milhões. O bairro terá quadras comerciais, desenvolvidas dentro do conceito strip mall, um modelo comercial muito comum nos Estados Unidos.

O Goiânia 2, bairro criado pela antiga Encol, na saída para Nerópolis, também foi redescoberto pelas construtoras Brooksfield, MCA e Masb, com a urbanização a cargo da Tropical Empreendimentos. Apenas este ano, serão lançados mais 3 grandes empreendimentos na região, com seis torres, oferecendo ao mercado mais 500 unidades habitacionais, de 70 a 110 metros quadrados. A previsão é que o valor dos apartamentos saiam entre R$ 150 mil a R$ 300 mil.

A Mauá – Empresa Brasileira de Participações Societárias Estruturadas - ligada à Toctao Construtora -, adquiriu há dois anos, através de leilão público da antiga Encol, a Fazenda Gameleira, situada entre os Condomínios Alphaville e Portal do Sol. A área possui 1,64 milhão de metros quadrados, onde poderão ser construídas 7 mil unidades habitacionais no estilo vertical. A empresa não confirma quantos imóveis serão erguidos na área, sob a alegação de que os projetos encontram-se em fase de estudos.

Condomínio

Este ano, ainda, R$ 20 milhões serão investidos pela Tropical Empreendimentos, a Leonardo Rizzo e a Masb para garantir as obras de infraestrutura para o relançamento da 2ª etapa do condomínio Portal do Sol Green, na saída para Bela Vista. Serão mais 200 lotes, de no mínimo 500 metros quadrados, ao custo de cerca de R$ 450,00 o metro quadrado, que estarão localizados ao redor do campo de golf, do Goiânia Golf Clube.

De acordo com o diretor de empreendimentos da Tropical, Antônio Carlos da Costa, o condomínio terá espaços para construção de casas e prédios, voltados para a população de maior poder aquisitivo. Também terá uma área de 20 mil metros quadrados, para a construção de um hotel, além de uma mata.

Segundo o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO), Ilézio Inácio Ferreira, existe uma tendência de bairros planejados em todas as grandes cidades. Neles, o empreendedor cria ambientes para se morar, efetuar negócios e desfrutar de lazer, sem que as pessoas tenham de se deslocar em grandes distâncias.

“Estamos todos enfrentando problemas de mobilidade por causa do trânsito sempre congestionando. Por isso é que a indústria da construção está criando empreendimentos mistos (residencial e comercial)”, diz Ilézio.

Ele garante que esses empreendimentos planejados, onde vão residir e transitar milhares de pessoas, estão surgindo com novas estruturas, para não causar mais problemas à cidade e aos poderes públicos. Segundo o presidente da Ademi-GO, Ilézio os novos bairros planejados serão acompanhados de estrutura viária para dar vazão ao trânsito, contarão com energia elétrica, redes de água e esgoto e até acordo prévio com as empresas de transporte urbano para garantir linhas de ônibus.

Especialistas criticam falta de estudos de impacto no trânsito
Cleomar Almeida

A expansão acelerada de condomínios residenciais em Goiânia e Aparecida deve sufocar ainda mais a mobilidade nas duas cidades, sobretudo por serem construídos sem um prévio estudo de impacto de trânsito. Essa avaliação é dos especialistas na área ouvidos ontem pelo POPULAR.

“A Agência Municipal de Trânsito (AMT) precisa ser ouvida, principalmente antes da construção de grandes empreendimentos, mas isso não está sendo feito”, salienta Miguel Tiago, presidente do órgão.

Ele reconhece que os novos condomínios aumentam substancialmente o fluxo de veículos nas regiões nas quais são instalados. “Sem dúvida nenhuma o trânsito ficará bem mais sobrecarregado”, afirma.

Coordenador da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) no Centro-Oeste, Antenor Pinheiro avalia como positivo o crescimento habitacional das cidades, mas crítica a falta de planejamento. “A cidade está se verticalizando, isso é importante, mas a regra é infringida”, frisa.

Ele analisa que o adensamento de condomínios na capital e região metropolitana segue sem a devida estruturação de corredores de transporte coletivo previstos no plano diretor. “Está tudo de cabeça para baixo nessa expansão irresponsável”, critica. “O interesse do setor imobiliário está se sobrepondo ao da mobilidade”, lamenta.

O prefeito Paulo Garcia rebateu as críticas e disse que “a Secretaria Municipal de Planejamento não aprova nada fora do plano diretor”. “Esses empreendimentos têm projetos antigos e muitos nem foram autorizados na minha gestão”, explicou.

O que mais preocupa o presidente da AMT são os empreendimentos na região da antiga Fazenda Gameleira. “O local é saturado e já tem outros conglomerados habitacionais e comerciais.”

Para ele, a trincheira em construção que vai ligar um trecho da BR-060 com a Avenida Consolação deve melhorar o acesso aos prédios no Setor Parque Oeste Industrial. No caso do Setor Goiânia 2, ele diz que uma saída é desafogar a Avenida Perimetral Norte e optar pela Avenida Pedro Paulo, no Setor Crimeia Leste.

Pinheiro entende que as medidas não serão suficientes para evitar congestionamentos. “Facilitam o acesso aos condomínios, em vez de melhorar o transporte público”, pondera.
 

Área foi palco do maior conflito por terra em Goiânia
Alfredo Mergulhão

Um dos principais lançamentos imobiliários desse ano será no local que foi palco do maior conflito por terra já acontecido em Goiânia. Serão erguidas 50 torres de edifícios residenciais no Parque Oeste Industrial, na mesma área onde cerca de 3 mil famílias foram retiradas à força pela Polícia Militar (PM) em fevereiro de 2005. No mês passado, a remoção dos moradores da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, trouxe novamente à memória dos goianienses esse episódio, que andava esquecido.

O empreendimentos será construído pelo consórcio de empresas composto pela Brasil Brokers Tropical Imóveis, Construtora Moreira Ortence, Engel Engenharia e Dinâmica Engenharia. O grupo é o mesmo que ergueu o Residencial Eldorado, também na Região Oeste da capital.

Os empresários adquiriram o terreno da antiga proprietária, a dona de casa Anália Severina Ferreira e seus três filhos, Antônio Severino de Aguiar, Dalva Severina de Aguiar e Neuza Severina de Aguiar. O valor do negócio não foi divulgado, mas a avaliação de mercado feita nas vésperas do conflito era de R$ 38 milhões. Na época do despejo dos ocupantes, os donos da área tinham uma dívida estimada em R$ 2 milhões em impostos.

O diretor da Brasil Brokers, Paulo Roberto da Costa, adiantou ao POPULAR que o projeto está praticamente aprovado pela Secretaria Municipal de Planejamento (Seplam) e deve ser lançado até abril. Paulo Roberto da Costa também afirmou que foram iniciadas conversas com a Prefeitura para a construção de um parque na área, junto à nascente do Córrego Água Doce, que fica ao lado do Parque Oeste Industrial. Tanto a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) quanto a Secretaria de Planejamento do Município (Seplam) acenaram positivamente para a proposta. Na Avenida Pedro Ludovico, que dá origem à BR-060, ainda será construído um centro comercial para atender a região.

Conflito

A área onde será erguido o empreendimento foi palco de violento conflito. Duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na desocupação da área, que era subutilizada. Até hoje, ainda existem cerca de 1,7 mil lotes baldios na região, conforme dados da Seplam. Batizada de Sonho Real, a invasão foi erguida num terreno que originalmente era um sítio comprado pelo marido de Anália, Sebastião Júlio de Aguiar.

Ele morreu em um acidente de avião em 30 de outubro de 1981, em plena campanha eleitoral, quando era candidato a deputado federal pelo PMDB. Pioneiro de Goiânia, empresário, dono das Casas Aguiar, na Rua 4, no Centro, Sebastião era amigo do então candidato a governador pelo PMDB, Iris Rezende Machado.

A ocupação durou dez meses, até o cumprimento da ordem judicial de reintegração de posse que completa sete anos na semana que vem. Havia uma negociação em andamento para que os moradores do local pagassem pelo terreno, mas a alternativa foi ignorada.

O despejo aconteceu à base de balas, gás de pimenta, bombas de efeito moral e cães como pit bulls, dobermans e pastores alemães. Duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. “Olha, ficou escuro que parecia noite depois da chegada da polícia”, lembra José Renato de souza, de 63 anos. “Estou vivo pela misericórdia de Deus. Não passo mais por lá, meu coração aperta só de lembrar.”

Depois da desocupação, José Renato e as outras 10 mil pessoas despejadas passaram a viver amontoados nos ginásios de esportes do Bairro Capuava e do Setor Novo Horizonte. Eles ainda moraram num acampamento no Setor Grajaú, antes de serem realocados no Real Conquista. Levou mais de quatro anos e inúmeras promessas para que eles fossem levados às novas casas.

Se antes eles não tinham acesso à moradia, agora eles não têm acesso ao restante da cidade. O bairro fica a 14 quilômetros de distância do Parque Oeste Industrial, não possui posto de saúde nem escola de ensino médio. Lá não tem parques, cinema, teatro nem opção cultural alguma. “Tráfico tem bastante”, revela um comerciante.

Fonte: O Popular 5.2.2012 
    Imobiliárias Net

    Insira seu email para receber atualizações:

    Delivered by FeedBurner

    Fique por dentro!
    Tabela de honorários CRECI-GO

    O melhor para você!

    Olá, postaremos sempre algo que possa ser útil para a melhor escolha da compra do imóvel dos seus sonhos!


Clique para editar este texto...