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Com o boom imobiliário, presente desde 2007, a transparência entre o consumidor e a construtora ou mesmo incorporadora do imóvel ficou mais importante para que a relação entre as duas partes tenha final feliz e não alimente as estatísticas. Segundo o Procon, o volume de queixas de compradores saltou de 1.722 em 2008 para 4.357 em 2011, aumento de 153% e que ainda continua.

Nos primeiro trimestre deste ano, as reclamações aumentaram 30%, em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais motivos são com relação ao atraso na entrega dos imóveis e à cobrança de taxas e valores considerados indevidos.
“Os atrasos realmente são as queixas mais frequentes entre os novos compradores. Além disso, muitos possuem dúvidas em relação à planta do imóvel e aos juros que são praticados, o que muitas vezes não é devidamente explicado pelo corretor que efetua a venda”, afirma Edila Moquidace, assessora técnica do Procon.

A profissional ressalta que toda precaução é pouca para evitar problemas futuros junto às construtoras. Entre as principais medidas listadas pela assessora estão a leitura minuciosa do contrato, com a comparação de taxas e periodicidade dos reajustes, o estudo completo da planta, observando fatores como a incidência da luz do sol e materiais que serão utilizados, e, principalmente, o levantamento do histórico da construtora e do empreendimento.

“Uma dica importante é guardar tudo, desde os panfletos de propaganda até os informativos da evolução das obras”, orienta.

Para a assessora, estes cuidados fazem com que reclamações recorrentes, como o número exato das vagas de garagem, numeração do apartamento em aquisição e penalidades em eventuais atrasos de pagamento das parcelas sejam resolvidas sem a necessidade de procedimentos mais complexos, como processos judiciais.

“O consumidor também pode pesquisar se a incorporação está aprovada pela Prefeitura e autorizada pelo cartório de registro de imóveis responsável pela região. Quanto ao histórico da construtora, é possível buscar informações com outros compradores e consultar os órgãos de defesa do consumidor sobre reclamações feitas anteriormente”, diz a assessora do Procon, ao lembrar que as redes sociais colaboram muito para a troca de informações entre quem negocia e quem já fez negócio com determinada construtora. “Trocar informações é fundamental para saber como se prevenir”, finaliza.

Treinamento

Para os empresários do setor, o treinamento dos corretores é fundamental para a boa relação com os clientes.

“Oferecemos a capacitação necessária para que tudo fique bem claro para o corretor e para que ele não repasse nenhum informação contraditória aos compradores”, afirma Roberta Bigucci, diretora administrativa da MBigucci. “O atraso, por exemplo, pode ocorrer em caso de fortes chuvas e ser tolerado por até 180 dias, mas nem sempre isso é repassado. O contato constante e o aviso prévio desta situação são fundamentais neste caso”, exemplifica.

Para Aparecido Viana, presidente da Viana Negócios Imobiliários, muitas das reclamações feitas pelos consumidores poderiam ser evitadas se a explicação correta fosse feita no ato da venda. “O apartamento não é um objeto, é um plano de vida. Mesmo que a informação não agrade, o consumidor deve ter acesso a tudo de maneira muito clara”, ressalta.

Por: Marcelo Melo

Fonte: Reporter Diário





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