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O Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório divulgado na última sexta-feira, afirmou que o crédito no Brasil cresceu rapidamente nos últimos anos, mas os empréstimos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) estão diminuindo desde 2008 e deve continuar relativamente baixo em relação aos padrões internacionais. O documento aponta que a concessão de crédito ao consumidor tem aumentado fortemente, o que corresponde hoje a 46% do total, contra 23% em 2002. Diante deste avanço, o Fundo alerta para o endividamento dos consumidores, que excede 40% da renda.

O FMI destaca ainda os empréstimos imobiliários para a baixa renda e a forma de concessão, questionando se essas famílias conseguirão quitar as dívidas. "Vejo que o FMI está fazendo esse alerta para o futuro, pois está comparando com o que já aconteceu nos Estados Unidos e na Europa. Aqui no Brasil, os empréstimos imobiliários respondem por apenas 5,5% do PIB, mas nos Estados Unidos, em 2008, o nicho também era pequeno e quando estourou a crise da dívida imobiliária, nem US$ 3 trilhões ajudaram e vários bancos quebraram", explicou Manuel Enriquez Garcia, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon) e da Ordem dos Economistas do Brasil. Apesar de o número ser baixo, Garcia diz que a política deveria ser modificada. "O governo não está dando ênfase ao investimento público e o privado está reduzindo porque a expectativa com o futuro está cada vez pior. Ao invés de estimular a poupar, o governo incentiva a gastar e é isso que chama a atenção do FMI". A falta de estímulos à poupança está preocupando diversos economistas desde o início do ano. "O que cria riqueza ao país é o investimento. Alavancar os gastos só é bom no curto prazo", conclui.

De acordo com Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, este ponto ainda não preocupa a economia brasileira. Para ele, antes de os consumidores de baixa renda deixarem de pagar o imóvel, eles vão parar de pagar outros bens, como os carros. Isso já vem acontecendo, com alguns deles tendo que devolver o veículo, mas é pontual. "Um fato que prejudicaria o setor imobiliário seria o aumento do desemprego. Por enquanto, o crédito imobiliário é muito baixo e os bancos são criteriosos, não dão crédito a qualquer pessoa, como foi nos EUA", ressalta o economista. No entanto, Vale aponta para possível afrouxamento por parte dos bancos públicos, que estão afoitos em estimular a economia. "No futuro, isso pode acontecer. Sempre acreditei que uma crise possível no Brasil viria do afrouxamento da regulação bancária, mas ainda estamos longe de qualquer coisa parecida com isso", completa.

Já a sondagem feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre o mercado de crédito é positiva. A entidade antecipa os resultados que serão anunciados pelo Banco Central nesta quinta-feira. Segundo a Febraban, se os números se confirmarem se poderá indicar que o esperado processo de retomada da economia já está em andamento. A Federação mostra que o crescimento dos empréstimos para pessoa física deverá ser 1,2% em junho, em relação a maio. Já em relação à pessoa jurídica, a alta alcançará 2,7% na mesma base de comparação.

Fonte: Brasil Econômico




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